O cipreste não se rega
Da mesma frescura nasce
Quem é firma não se muda,
Por mais martírio que passe.
FXAO/RCA
O cipreste não se rega
Da mesma frescura nasce
Quem é firma não se muda,
Por mais martírio que passe.
FXAO/RCA
Ó ciprestre verde-triste,
Cofre da minha figura,
Verde qual minha esperança,
Triste qual minha ventura.
JC/CP
Acipreste felorido
Foi coisa que nunca vi.
Não te gabes que me deixas
Que eu nunca te pretendi.
Acipreste verde triste
Quando hás-de ser alegre?
Esse teu corpo bem feito
Quando há-de ser entregue?
Acipreste não se rega
Que ele na frescura nasce
Amor firme não se muda
Por mais martírios que passe.
Acipreste vira a ponta
Quando não quer crescer
Assim virem os olhos
De quem me não pode ver.
A maçã no acipreste
Não apodrece nem cai
A amizade que eu tinha
Era pouca …já lá vai.
Assubi ao acipreste
Cheguei ao meio caí
Ó cipreste da morte
Tinha de morrer, morri.
Ó arcipreste do adro
Cobre-me com a tua sombra
Que eu furtei uma menina
Não tenho onde a esconda.
Ó arcipreste do adro
Retiro dos passarinhos
A quem deste os abraços
Dá-lhe também os beijinhos.
CPVR/APL
Ó amor, que assim te enleias
à volta do acipreste,
Eu queria-me enlear contigo,
Mas tu, amor, não quiseste.
Mas tu, amor, não quiseste
Mas tu não quiseste, não…
Eu queria-me enlear contigo,
Amor do meu coração!
(Porto.) I-142